Náutico é goleado pelo Salgueiro e está fora das semifinais do Pernambucano

SALGUEIRO – Valia tanto, e o Náutico não conseguiu nada. Uma partida de roteiro trágico para os alvirrubros foi disputada, ontem, no estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Sim… Mais uma vez o Carcará no caminho Timbu. Apenas um empate era necessário. Um ponto acumulado e a possibilidade da disputa da Copa do Nordeste 2016 seguiria possível. Hoje, o clube corre o risco de ficar de fora até da Copa do Brasil. Tudo por conta de um 4×1. A goleada que transformou em pesadelo o tão almejado sonho alvirrubro.

Mão direita sobre a boca e braço esquerdo apoiado em uma das pernas. Ela, por sinal, sempre em repetidos movimentos de inquietação. Os óculos escuros pouco esconderam o olhar ansioso e descrente. Durante todo o jogo, assim se portou o presidente do Náutico, Gláuber Vasconcelos. Suas mudanças de expressão variavam a cada novo erro alvirrubro em campo. Ou seja, não houve momentos de tranquilidade ou esperança no resultado positivo.

O Náutico entrou em campo necessitando apenas de um empate para conseguir a classificação. A vantagem pouco durou nas mãos do elenco timbu. Foram necessários apenas nove minutos de jogo para o Salgueiro impor aos alvirrubros o gosto amargo da possibilidade na derrota. A jogada foi iniciada pelo volante Rodolfo Potiguar. O jogador virou uma bola para Marcos Tamandaré, que respondeu com um belo cruzamento para o meio da área recifense. O próprio Potiguar chegou por trás da zaga e vazou o goleiro Júlio César.

A impaciência do mandatário alvirrubro, após o gol sofrido, foi evoluindo em progressão geométrica. A cada novo minuto jogado, a fraca atuação do Náutico ia exigindo de Gláuber Vasconcelos expressões e atitudes cada vez mais agoniantes. E como o Salgueiro contribuiu para tirar ainda mais a paciência do presidente. A equipe de Sérgio China fez um futebol burocrático, mas de forte marcação. A vantagem estava do lado sertanejo, e a consciência de que a pressão era um adversário muito maior para os visitantes fez seu jogo fluir com naturalidade.

O fim do primeiro tempo e, após o intervalo, o reinício do jogo colocou o Náutico ainda mais distante dos seus objetivos na partida. Obviamente, havia uma expectativa de melhora, se não na qualidade, pelo menos na raça e na vontade alvirrubra. Tudo ruiu aos quatro minutos do segundo tempo, quando o meia Valdeir invadiu a intermediária do Náutico e acertou um lindo chute, no ângulo de Júlio Cesar.

Deste momento em diante, todos os fatos desencadeados assinaram o atestado de óbito do Náutico neste Campeonato Pernambucano. De uma vez só, em lances distintos, o Salgueiro perdeu o volante Pio, expulso, e viu um pênalti marcado a favor dos adversários alvirrubros. Seria a chance de o Timbu ter, pelo menos, 25 minutos de pressão na busca pelo empate. Nada aconteceu. O árbitro voltou atrás na sua marcação, após consultar seus auxiliares e a ira tomou conta dos atletas do Náutico. Na confusão, Júlio César recebeu o cartão vermelho e o volante João Ananias teve de assumir o papel de goleiro.

“Isso é uma palhaçada. Como isso pode ter acontecido? Eles (os árbitros) consultaram a televisão. Isso é uma vergonha”, bradou o presidente Gláuber Vasconcelos. Antes do final da partida, três gols: Valdeir para o Salgueiro, Bruno Alves para o Náutico e Moreilandia, novamente, para o Carcará. Nada que pudesse mudar o pesadelo alvirrubro. E eis o triste fim do Náutico no Campeonato Pernambucano 2015.

Da redação do blog do edy.com.br

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