PTB rejeita fusão imediata com o DEM

Após a cúpula do DEM aprovar o encaminhamento da fusão com o PTB, a executiva nacional do partido trabalhista rejeitou a união imediata das duas siglas. A direção do PTB decidiu, por maioria, consultar as bases até setembro e manter os cargos que ocupa no Governo Federal, a exemplo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, comandado por Armando Monteiro Neto. As informações são do Congresso em Foco.

A reunião se estendeu até a madrugada desta quarta-feira (8) e representa uma derrota para os presidentes das duas legendas, o senador Agripino Maia (DEM-RN) e a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), responsáveis por articular a fusão.

Ainda na terça-feira (7), o DEM avalizou a unificação imediata com o partido trabalhista por 21 votos a quatro. Dos 25 deputados federais da sigla, 22 se colocaram contra a fusão e pelo apoio ao Governo, incluindo os quatro de Pernambuco.

Entre os petebistas, a rejeição foi articulada pelo líder da bancada na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), que apoia o Governo Dilma.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), comemorou a posição do PTB. Segundo ele, o PTB “deu lição de coerência ao DEM”. “Eu disse ontem que essa fusão era um erro. Precisou o PTB governista dar uma chacoalhada no DEM oposicionista e cobrar coerência”, escreveu o parlamentar em seu perfil no Twitter. Ele chegou a ameaçar deixar o DEM caso a fusão seja aprovada.

O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, disse que era preciso reconhecer que o petebista tinha razão ao chamar de absurda a união entre as duas legendas.

Por outro lado, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) disse acreditar que “não há dúvida de que essa (a fusão) e a vontade do partido”. “São 27 realidades distintas envolvendo os dois partidos. Já houve uma primeira apuração e uma primeira rodada de conversas envolvendo os dois partidos e temos uma harmonização de 18 a 19 mais ou menos estados. Faltaria 8 a 9 para fazer ajustes e negociação para chegar a um termo, fora critérios de governabilidade, preencher a executiva, como ocupar os espaços dos diretórios nacional, as lideranças na Câmara e no Senado. Não é um caminho fácil e não está concluído ou definindo. Teremos muita conversa pela frente”, garantiu o parlamentar.

Da redaçao do blog do edy.com.br

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