Trindade: artistas locais acionam Ministério Público contra prefeitura por “desrespeito” a lei municipal

Existe uma lei municipal (foto), que tem como objetivo valorizar e priorizar artistas, grupos e bandas da cidade, exigindo o percentual mínimo de 50 % nas contratações de qualquer evento festivo ou tradicional

Por Carlos Britto / Foto: reprodução

Um fato ligado à classe artística de Trindade (PE), no Sertão do Araripe, vem causando grande controvérsia na cidade. Alguns artistas comunicaram ao Ministério Público local o que consideram “falta de respeito e discriminação” por parte da administração municipal.

Neste final de semana – quinta (26), sexta (27) e sábado (28) acontecerá em Trindade a 4ª Festa do Gesso. A parte festiva do evento contará com atrações musicais de renome nacional. O detalhe é que existe uma lei municipal (foto), sancionada no ano de 2010, ainda na gestão do ex-prefeito Gerôncio Figueiredo Silva, que tem como objetivo valorizar e priorizar artistas, grupos e bandas da cidade, exigindo o percentual mínimo de 50 % nas contratações de qualquer evento festivo ou tradicional. O projeto, à época, foi sugerido pelo músico Antony Sandey.

Em manifesto enviado a este Blog, os artistas de Trindade afiram que a organização do evento preferiu desrespeitar e violar a lei.

Contrataram artistas nacionais um mês antes. Já os artistas da cidade, faltando apenas oito dias para o evento. Nenhum artista local foi comunicado e muito menos ouvido. A programação saiu faltando apenas três dias para a festa”, desabafam.

O manifesto informa ainda que na grade há apenas 20% dos cantores trindadenses. “Ficaram de fora artistas como  Leizinho Jackson, Adriano Rocha, Big Jhow, Tony Silva, Antony Sandey, Dani Kalva, Ricardo Galvão, Mazinho e forró novo tom, entre outros, sendo que esses mesmos apoiaram a atual gestão nas eleições passadas, com promessas de que a cultura e as pessoas da cidade seriam valorizadas. Agora o que vemos é discriminação”, relatam.

Falta de incentivos

Segundo os artistas, Já faz dois anos que o carnaval não recebe incentivo, nem os festejos de São João e o aniversário da cidade. “Eventos que antes eram realizados com frequência. Queremos ser valorizados, principalmente em nossa cidade. Pedimos providências da justiça contra essa discriminação com os artistas locais. Queremos ser valorizados, principalmente em nossa cidade. Pedimos providências da justiça contra essa discriminação com os artistas locais, e que essa lei seja rigorosamente cumprida daqui pra frente, como manda a Constituição”, encerra o manifesto. A reportagem vai entrar em contato com a assessoria da prefeitura sobre o assunto.

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