O desfecho do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), está próximo. Após o término da fase de oitivas das testemunhas de defesa e de acusação do julgamento, será a vez da petista prestar o seu esperado depoimento no Senado, a partir das 9h de hoje. Antes de se deslocar ao Congresso, ela deve receber militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Palácio da Alvorada, sua residência oficial e, em seguida, fará uma rápida fala para manifestantes na Esplanada dos Ministérios.
No Senado, a presidente afastada terá 30 minutos para apresentar sua defesa. O tempo poderá ser estendido a critério do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Em seguida, ela responderá aos questionamentos dos senadores. Cada parlamentar terá até cinco minutos para seus questionamentos.
Mais de 40, de um total de 81 senadores, estão inscritos para a sabatina. O tempo de resposta de Dilma é livre e não será permitida réplica e nem tréplica. Ela também poderá deixar de responder as indagações e se posicionará sobre questões formuladas pela acusação e defesa.
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) será a primeira a usar a palavra, logo após o pronunciamento de Dilma. A parlamentar falará no lugar de Paulo Paim (PT-RS), inscrito originalmente em primeiro lugar.
Ele trocou de lugar com a ex-ministra devido ao fato de a senadora ser amiga pessoal e uma das principais aliadas políticas de Dilma, permanecendo no Governo mesmo após o rompimento do seu partido com a petista, em março.
No plenário, o depoimento de Dilma será acompanhado por cerca de 30 convidados dela. São esperadas a presença do ex-presidente Lula, do presidente do PT, Rui Falcão, vários ex-ministros de seu Governo, além de assessores e pessoas próximas.
A petista contará, ainda, com uma estrutura especial. Além de parte do gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi colocada à disposição dela a tribuna de honra do plenário.
Da Redação do Blog do Edy Viiera/Folha PE