O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, recebeu da Odebrecht ao menos quatro senhas para o pagamento de caixa 2 ao PMDB, entre agosto e setembro de 2014, segundo disse o ex-executivo José de Carvalho Filho em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (10). De acordo com ele, as senhas tinham os seguintes nomes: “Foguete”, “Árvore”, “Morango” e “Pinguim”.
Conforme reportagem publicada ontem no Estado, Carvalho afirmou ao TSE que Padilha intermediou o pagamento de caixa 2 para o PMDB. Fontes informaram que Padilha teria acertado locais de entrega do dinheiro da empreiteira mediante senhas trocadas com o ex-executivo. O valor destinado ao PMDB chegou a R$ 5 milhões – desse montante, R$ 500 mil seriam para o então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Procurado pela reportagem, Padilha disse estar em repouso por recomendação médica e não se manifestou.
O Estado apurou que Carvalho procurou o peemedebista para solicitar os endereços onde seriam entregues as quantias. Segundo Carvalho, um dos locais indicados pelo atual ministro foi o escritório de José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer. Esse pagamento teria sido realizado em 4 de setembro de 2014.
O depoimento de José de Carvalho Filho foi feito no âmbito da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.
Da Redação