O ensaio clínico da vacina da Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca pode ser completada ainda em 2020, segundo o presidente da empresa, Pascal Soriot.
O anúncio foi dado em uma entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (10) com alguns investidores da companhia, dois dias após a empresa anunciar a pausa do estudo devido ao relato de efeito adverso em um voluntário.
A participante, uma mulher no Reino Unido que tomou a vacina, e não o placebo, apresentou sintomas neurológicos consistentes com uma inflamação espinhal rara, chamada mielite transversa, afirmou Soriot, ao mesmo tempo em que disse que o diagnóstico não havia sido concluído.
“Um comitê especialista deve ainda confirmar o diagnóstico, mas ela está melhorando e provavelmente terá alta do hospital até a próxima quarta-feira”, disse.
Em nota, a Universidade de Oxford afirmou que a pausa “é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos estudos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos testes”.
“Na AstraZeneca colocamos a ciência, a segurança e os interesses da sociedade no coração do nosso trabalho. Esta pausa temporária é a prova de que seguimos estes princípios, enquanto um único caso em um de nossos centros de testes é avaliado por um comitê de especialistas independentes”, completou Soriot. (Folha/PE)