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Clonagem de cartões: golpe pode chegar a R$ 8 milhões

A Polícia Civil ainda está à procura do hacker e de outros membros da quadrilha responsável por fazer compras e saques fraudulentos com cartões de crédito e de débito presa na semana passada no Rio. Inicialmente, os policiais estimavam que a quadrilha poderia ter movimentado R$ 3,5 milhões por intermédio de um esquema de clonagem de dados dos cartões em lojas do Aeroporto Internacional Tom Jobim e outros estabelecimentos comerciais da cidade, com a cumplicidade de funcionários. Mas as fraudes podem ter chegado a R$ 8 milhões, de acordo com reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo.

INFORMAÇÕES DOS CHIPS

A quadrilha era chefiada pelos gêmeos André Alves da Silva e Bruno Alves da Silva. Bruno foi preso, e André está foragido.

A quadrilha adotou um novo método para clonar cartões, diferente do sistema mais conhecido, o chamado “chupa cabra”, que fica acoplado à parte externa do caixa eletrônico.

As informações eram obtidas diretamente do chip dos cartões, com o uso de máquinas da quadrilha, colocadas nos pontos comerciais com a ajuda de cúmplices, que armazenavam as informações.

Os dados armazenados por esses aparelhos eram repassados para computadores da quadrilha através de bluetooth.

O esquema pode não se limitar ao Rio. Segundo a reportagem, equipamentos parecidos já haviam sido apreendidos em operações policiais em Curitiba, no Paraná.

Com o dinheiro desviado de cariocas e turistas em visita ao Rio, a quadrilha comprou carros, imóveis, eletrodomésticos além dos gastos em noitadas com mulheres.

Um dos imóveis foi uma casa no valor de R$ 840 mil num condomínio da Zona Oeste do Rio. Mobiliada, a casa tem dois andares, piscina e quatro quartos.

O “Fantástico” teve acesso a imagens dos gêmeos assediando um garçom para participar do esquema e a grampos telefônicos feitos com autorização da Justiça.

Nas gravações, os gêmeos chegam a comentar um golpe:

— Tô naquele trampo do chipezinho, tá ligado?— diz um dos gêmeos para o irmão.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) argumentou que as fraudes foram pontuais e que a tecnologia para garantir a segurança máxima nas transações passou a ser usada em 2014 por todos os bancos.

Da redação

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