A taxa de desemprego avançou na Região Metropolitana do Recife (RMR) na passagem de outubro para novembro. É o que aponta a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), calculada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e apresentada nesta quinta-feira (18). Com o contingente de desempregados passando de 12,1% para 12,4%, a capital pernambucana foi a única a registrar alta entre outras quatro pesquisadas nacionalmente pela entidade.
Segundo a PED, o contingente de desempregados foi estimado em 230 mil pessoas – cinco mil a mais em relação a outubro. De acordo com o Dieese, o resultado foi devido à eliminação de 11 mil postos de trabalho; movimento mais intenso do que a saída de seis mil pessoas da força de trabalho, reduzindo a População Economicamente Ativa (PEA).
O comportamento mensal também detectou pequenas variações no aspecto salarial na passagem de setembro para outubro. O rendimento médio real cresceu 0,4% para assalariados, 0,6% para ocupados, 1% para autônomos; em termos monetários, os valores chegaram a R$ 1.356, R$ 1.274 e R$ 946, respectivamente. Já a massa de rendimento registrou variação positiva de 0,7% para ocupados e negativa de -0,6% para assalariados.
A PED também calculou as variações ao longo de um período de 12 meses na RMR, com taxa de desemprego total praticamente estável – de 12,3% em novembro de 2013 para 12,4% no mesmo mês de 2014. Por setores, a indústria de transformação foi responsável pela criação de oito mil vagas; enquanto serviços, comércio e reparação de veículos e construção foram responsáveis por perdas de mil, seis mil e 12 mil posições.
Outras capitais
Em todas as outras quatro cidades, a taxa de desemprego recuou de outubro para novembro. Em Fortaleza, ela caiu de 7,8% para 7,6%; em Porto Alegre, de 6,5% para 6,3%; em Salvador, de 17,3% para 17% e, em São Paulo, de 10,1% para 9,8%.
Em relação a novembro de 2013, a taxa de desemprego subiu em todas as cinco capitais. Na capital cearense, ela aumentou de 7% para 7,6%; enquanto em Porto Alegre, ela passou de 6,2% para 6 3% e, no Recife, de 12,3% para 12,4%. Na capital baiana, por sua vez, a taxa passou de 16,9% para 17%, enquanto, em São Paulo, ela avançou de 9,4% para 9,8% no período.
Da redação do blog do edy.com.br