Começo hoje, 26, o II Módulo de Formação de Agentes de Ater – Assistência Técnica e Extensão Rural. A iniciativa conjunta do Caatinga, com o Centro Sabiá, Neppas, Casa da Mulher do Nordeste, Rede de Mulheres do Pajeú e IPA está ofertando formação a dezenas de técnicos. Os módulos estão sendo ministrados nos territórios do Araripe, Pajeú e Zona da Mata de Pernambuco. Aqui no Araripe, cerca de 30 técnicos participam da capacitação na sede do caatinga em Ouricuri.
A idéia da capacitação, segundo o Coordenador da Chamada de Agroecologia do Caatinga, Paulo Pedro de Carvalho surgiu da necessidade de se fazer um trabalho mais qualificado na perspectiva da agroecologia. “Nós objetivamos ter uma assistência dialógica que atenda aos princípios da agroecologia, onde há a necessidade de instrumentalizar as equipes que estão fazendo ater, a fim de que no processo seja trabalhada a construção coletiva do conhecimento junto com as famílias. E com isso, sejam traalhadas técnicas que ajudem a conviver com o semiárido”, salientou Paulo.
Este é o segundo e último módulo da capacitação que segue até a próxima quarta-feira, 28. Na metodologia do curso, estão sendo abordados aspectos teóricos e práticos da assessoria com visitas às famílias agricultoras e utilização de ferramentas como a linha do tempo, caminhada e desenho do mapa da propriedade. Tudo isso, é feito para que haja uma diferenciação no trabalho ofertado às cerca de 1.800 famílias agricultoras que estão sendo beneficiadas com as Chamadas de Assistência Técnica na região.
“O principal é que estes técnicos se sintam instrumentalizados e conscientes do papel estratégico de relacionamento com essas famílias. Quando o técnico estiver seguro para chegar junto à família criando uma relação de cumplicidade e conseguindo entender a lógica de produção e de relações, ele vai ter muito mais capacidade de contribuir com essa família pra que ela possa se desenvolver e buscar políticas públicas”, afirmou Paulo Pedro de Carvalho.
Neste segundo módulo haverá um aprofundamento maior no estudo do território do Araripe, enfatizando-se a trajetória política, social e econômica da agricultura na região com resgate histórico dos últimos 30 anos. Além da análise sobre as políticas que chegaram a favor da agricultura familiar e fatores que as influenciaram.
Da redação do blog do edy.com.br