O sargento Carlos Silveira do Carmo, morto durante rebelião no Complexo Prisional do Curado, no último dia 19, não foi atingido por um tiro, conforme divulgado anteriormente pela Polícia Militar (PM). O laudo do Instituto de Criminalística (IC) sobre o caso aponta que a vítima teve um “traumatismo raquimedular decorrente da ação de instrumento corto-contundente”, como facas e facões, comuns entre os presos.
As conclusões ficaram prontas na noite da última quarta-feira (28). O documento também indica que o sargento apresentava uma lesão na face causada por instrumento pérfuro-contundente, mas que o corte “não representou fator relevante para o óbito”. “Nenhum dos ferimentos apresentava evidências de ter sido produzido por projétil de arma de fogo”, finalizou a Polícia Científica, em nota divulgada à imprensa.
Conforme as investigações, o sargento estava em uma guarita que ligava as três unidades do conjunto de presídios quando foi atingido. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Otávio de Freitas, na mesma região da Cidade, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. Carlos tinha 44 anos, 24 deles dedicados à PM, e atuava no Batalhão de Guarda do complexo prisional havia seis meses.
Além dele, dois detentos morreram durante a rebelião, que durou três dias e deixou 45 feridos. As investigações estão sob responsabilidade do delegado João Paulo Andrade, da 4ª Delegacia de Homicídios.
Da redação do blog do edy.com.br