Dentro de uma possível acomodação de quadros do PT-PE no governo federal, a situação de João Paulo é que a mais incerta. Primeiro vereador da legenda do Recife, prefeito duas vezes do Recife, deputado estadual mais votado, o hoje deputado federal transfomou-se em um dos principais ícones do partido no Estado. Mas agora corre o risco de ficar de fora do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT).
Mesmo tendo perdido a eleição para o Senado para Fernando Bezerra Coelho (PSB) no ano passado, João Paulo continua sendo um dos nomes cotados para disputar a prefeitura do Recife contra Geraldo Julio (PSB) em 2016, no novo bloco de oposição que se formou com a aliança do PT e PTB. Na campanha ao Senado, era exaltado pelos eleitores para retornar à PCR nas agendas de rua.
Depois da derrota e no início das conversas sobre acomodações no governo fedetral, não demonstrou aos petistas mais próximos nenhum desejo ou apresentou nenhuma reivindicação de um cargo que gostaria de ocupar. Antes da apresentação do novo ministério, o senador Humberto Costa (PT) chegou a cogitar a ida de João Paulo para o Ministério das Cidades ou de Infraestrutura, devido à experiência na Prefeitura do Recife.
O próprio parlamentar parece não estar muito interessado em retornar ao Poder Executivo no momento. Por enquanto, os planos de João Paulo consistem em ingressar na faculdade de Direito. Formando em economia, o petista disse que pensou em fazer uma pós-graduação na área, mas acabou escolhendo por outra área acadêmica. “Falei com muitos amigos que fizeram Direito e o curso proporciona muitas possibilidades”, afirmou. Além de economista, o ex-prefeito é torneiro mecânico.
Sobre a carreira pública, o deputado também aparenta nenhum atrativo. “Estou concluindo meus trabalhos legislativos. Por enquanto, não recebi nenhum convite. Estou tranquilo. Já fui prefeito e sei da dificuldade de acomodar. Por isso, deixo ela à vontade”, disse João Paulo.
Da redação