Mehmet Ali Agca, o turco que tentou matar o papa João Paulo II em 1981, depositou flores no túmulo do pontífice neste sábado (27), no Vaticano. “Pôs flores no túmulo. Creio que seja o suficiente”, declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, ao jornal La Repubblica. “Vim hoje porque o dia 27 de dezembro é o de meu encontro com o papa”, declarou Agca, referindo-se à visita que o pontífice havia feito à sua cela na Itália, há 31 anos, apenas dois anos após o atentado.
Antigo militante de um grupo de extrema direita turco, Agca, na época com 23 anos, tentou assassinar o papa João Paulo II no dia 13 de maio de 1981 na Praça de São Pedro, em Roma, ferindo-lhe gravemente no abdômen. Os motivos de seu ato nunca foram revelados. Agca chegou neste sábado (27) à Roma e se apresentou à polícia para declarar sua intenção de visitar o túmulo do pontífice.
“Senti a necessidade de fazer este gesto”, disse à polícia, segundo a agência de informação Ansa. Agca pediu um encontro com o papa Francisco quando o pontífice visitou a Turquia no mês passado. Sua petição foi recusada.
Depois de 19 anos de detenção na Itália, o turco foi extraditado em 2000 para seu país, onde esteve preso pelo assassinato de um jornalista, Abdi Ipekçi, dois assaltos a mão armada e uma fuga da prisão – delitos que cometeu nos anos 1970. Foi libertado em 2010. Por várias vezes sua saúde mental foi questionada.
Da redação