Um ataque à sede da revista francesa Charlie Hebdo deixou, até o fim da tarde desta quarta-feira (7), 12 pessoas mortas e outras 11 feridas, quatro em estado grave. De acordo com autoridades francesas, por volta das 11h30 (8h30 em Brasília) ao menos três homens chegaram encapuzados e armados com um fuzil AK-47 e um lança-foguetes até a portaria do edifício onde funcionava a revista, atiraram em um funcionário e fizeram outro refém no segundo andar do prédio, onde uma equipe do jornal realizava uma reunião de pauta.
Os assassinos então invadiram a sala onde estavam os funcionários e, após mandarem todos os presentes se identificarem, deram início a um intenso tiroteio. Lá foram mortas 10 pessoas: oito jornalistas, um convidado e um policial que realizava a segurança do escritório. Quatro pessoas ficaram gravemente feridas. Dois homens chegaram a ser filmados durante a fuga por pessoas que trabalham nas proximidades do prédio enquanto atacavam um segundo policial, que também acabou morto e efetuando vários disparos de fuzil, enquanto gritavam “Alá é grande” e “o profeta foi vingado”. Segundo a polícia francesa, eles entraram em um carro onde estaria um quarto integrante do grupo.
Apesar das informações preliminares, a polícia francesa ainda não sabe precisar ainda quantas pessoas participaram do ataque à Charlie Hebdo, mas a motivação não é nenhum mistério. A revista semanal foi alvo de constantes ameaças desde 2006, quando republicou uma charge de um jornal dinamarquês com uma figura satírica de Alá, que provocou indignação dos muçulmanos, que são avessos a qualquer tipo de representação de seu Deus. Diversos grupos extremistas realizaram convocações para atacar os franceses e Charbonnier, então editor da revista, ameaçado publicamente a decapitação no início de 2014.
Da redação do blogdoedy.com.br/Folha-PE