Abordagem que tem como finalidade promover uma conexão mais empática entre as pessoas, a Comunicação Não-Violenta (CNV) trabalha a resolução de conflitos e a qualidade das relações pela comunicação que se concentra na empatia, na expressão honesta e na escuta atenta. Dentro da escola, a ausência dessa abordagem pode se mostrar de várias formas e ter muitos impactos negativos, tanto para os alunos e professores, quanto para os demais funcionários da instituição. Por isso, é importante que a CNV esteja presente no contexto escolar com o intuito de promover um ambiente mais colaborativo, propício para a aprendizagem e para a formação de estudantes mentalmente saudáveis.
Psicóloga educacional da Rede SESI, Beatriz de Farias explica que, no dia a dia escolar, mesmo com intervenções e orientações, não são incomuns situações que necessitam de mediação, como críticas, julgamentos sem fundamentos, situações de bullying, imposições ou controle excessivo. “Um exemplo de uma comunicação violenta dentro de sala de aula é um professor que fala para um aluno “não acredito que você ainda não entendeu esse conteúdo” ou o aluno fala para o professor “ninguém entende o que você explica”. Essas são situações que podem gerar conflitos e mal-entendidos. É aí que entra a necessidade da abordagem da comunicação não-violenta”, esclarece.
Esses tipos de situação, pontua Beatriz, podem gerar um ambiente de ansiedade e medo, além de promover maior sensação de exclusão e isolamento. Além disso, pode impactar na autoestima e confiança dos envolvidos, levando, por exemplo, à desmotivação. Por isso, ela destaca que os profissionais que estão dentro de uma escola estão a todo momento passando mensagens por meio da forma como agem e, portanto, precisam ter responsabilidade com a formação dessas crianças e adolescentes diante do impacto que podem causar.
Como a escola é um ambiente onde crianças e jovens passam uma parte significativa do dia, ela possui um papel crucial na promoção da CNV. “Temos que compreender que na escola as crianças e jovens não aprendem somente conteúdos acadêmicos, mas também habilidades socioemocionais”, lembra. Entre as práticas para combater uma comunicação violenta, Beatriz sugere que a escola pode desenvolver atividades e projetos que promovam a empatia, a cooperação e o respeito mútuo; implementar políticas e procedimentos claros para lidar com o bullying e outros comportamentos violentos, promovendo uma abordagem restaurativa; organizar workshops e palestras para pais e membros da comunidade sobre a importância da CNV; e envolver os alunos na criação de normas de convivência e em processos de mediação de conflitos.
Para além da escola, a psicóloga educacional pontua que a família também desempenha um papel fundamental, pois é o primeiro ambiente e mais influente em relação à socialização para as crianças. “Os responsáveis são os primeiros exemplos de como devemos nos relacionar com as pessoas, por isso, é importante que os cuidadores sempre orientem seus filhos a como expressarem seus sentimentos e necessidades de maneira respeitosa e clara”.
Sistema FIEPE – Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além do SESI – que proporciona serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral – conta ainda com a FIEPE, o SENAI e o IEL. A Federação realiza a defesa de interesse do setor produtivo e contribui com o processo de internacionalização das indústrias. Com o SENAI-PE, além de formação profissional, são oferecidos os serviços de metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.