A defesa do presidente Michel Temer estuda a possibilidade de anular o depoimento de delatores da Odebrecht, incluindo o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo a Folha de S. Paulo a ideia é questionar a legalidade da fala para postergar o processo contra ele.
A publicação diz que, dependendo do teor dos depoimentos, a defesa deve argumentar que os ex-executivos da empresa foram chamados a falar ao TSE somente após o vazamento ilegal do conteúdo da delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht.
O temor é que estes delatores confirmem a versão do executivo, em 2014, quando disse à Lava Jato que acertou um pagamento de R$ 10 milhões para a campanha do PMDB em um jantar no Palácio do Jaburu com a presença de Temer e do hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Se surgirem novas provas, a defesa de Temer pode pedir nulidade dos depoimentos.
Toda estratégia ocorre por conta do processo que julga abuso de poder econômico da chapa Dilma/Temer e que pode levar à cassação do mandato do presidente. De acordo com a Folha, o Planalto espera que o processo seja julgado apenas em 2018, já que as provas atuais contra a chapa seriam “frágeis”.
Da Redação