A conta da Petrobras recebeu bloqueio de R$ 126.667.733,89 nesta quinta-feira (27), conforme determinação judicial emitida há uma semana, pela juíza Josimar Mendes, da 1° Vara do Trabalho de Ipojuca. A medida visa garantir o pagamento de aproximadamente quatro mil trabalhadores ligados ao consórcio Alumini (antiga Alusa), que atuam na construção da Refinaria Abreu e Lima, e estão com salários, rescisões e outros direitos trabalhistas atrasados.
Desde o último dia 6, os operários paralisaram atividades na planta industrial, dando início a uma série de manifestações, que culminaram no pedido de rescisão indireta dos funcionários. Na ocasião, a Alumini declarou que a suspensão dos pagamentos seria resultado da suspensão de repasses da Petrobras, que estaria devendo R$ 1,2 bilhão à contratada. Segundo informações de fontes ligadas à empresa, a dívida teria sido gerada por suspensão de pagamentos dos contratos da estatal investigados na Operação Lava Jato. Na decisão judicial,o débito trabalhista calculada soma R$ 137,53 milhões, dos quais a estatal já teria comprovado o pagamento de quase R$ 11 milhões. Desse montante, R$ 7,73 milhões foram destinados apenas à empresa Barbosa Mello, uma das integrantes do consórcio Alumini.
De forma paralela ao bloqueio, a 14ª Vara Cível do Recife determinou a suspensão do contrato do Alusa Engenharia – representada pela empresa líder Alumini Engenharia – com a Petrobras. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Pernambuco (Sintepav-PE), “essa é a prova irrevogável da rescisão indireta”. Diante das determinações, segundo o Sintepav-PE, a espera agora é pela a transferência da quantia para as empresas e posterior pagamento aos trabalhadores.
Da redação