Com uma aprovação de 80%, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel (UB), anunciou, ontem, em entrevista à Folha, o maior pacote de investimentos da sua gestão – quase R$ 70 milhões em ações na área de infraestrutura e mobilidade urbana.
“Os recursos são provenientes de linha de crédito liberada pela Caixa Econômica e Banco do Brasil, possíveis graças ao nosso compromisso de equalizar as contas públicas do município, algo bem diferente de quando encontrei o município quando assumi”, diz.
Sem entrar no mérito das eleições municipais do próximo ano, quando terá que indicar um sucessor, Pimentel é taxativo quando se trata do processo eleitoral do próximo ano. De acordo com ele, caberá ao eleitor de Araripina escolher entre a continuidade de uma gestão que tem feito grandes mudanças na cidade ao longo dos últimos sete anos, ou pela bagunça, conforme encontrou a cidade quando assumiu, em 2017.
“Eu posso dizer que conseguimos transformar a realidade de Araripina, a infraestrutura da cidade, atraindo investimentos. Pavimentamos toda a cidade, estruturamos os distritos e, principalmente, o legado que nós vamos deixar na infraestrutura da educação, com praticamente 18 novas escolas construídas”, afirmou.
Outro grande legado na área, segundo Pimentel, é a Faculdade de Medicina de Araripina, que levou uma nova perspectiva para os estudantes da região, que antes iam para Juazeiro ou Petrolina.
Além desse feito na educação, ele ainda reforça o mais recente convênio, feito com a Universidade Americana, para que os filhos de Araripina, garotos que terminaram o terceiro ano, possam fazer o curso de graduação em engenharia de software através dessa universidade.
“É um grande legado que, graças a Deus, a gente tem feito pela cidade, pela população, então realmente temos uma satisfação gigantesca”.
Para além da educação e do Polo Gesseiro, outra grande meta que Raimundo Pimentel pretende cumprir até o fim do seu mandato, no próximo ano, é a implantação de um Polo Industrial do Araripe. Para isso, revela que conta com o apoio do Governo do Estado, através de incentivos fiscais, para que as indústrias da região possam receber gás natural.
“Precisamos de incentivos para tornar o gás natural que vai chegar ao Araripe por um preço competitivo para ter condições de integrar a nossa matriz energética. Assim, vamos contribuir para além do desenvolvimento econômico da região, também com o meio ambiente, uma vez que a grande maioria das indústrias ainda é dependente do consumo de lenha de manejo para funcionar.
Sabemos o prejuízo que isso causa ao meio ambiente e esperamos obter do Governo a isenção de ICMS para superar essa etapa e trazer o gás natural para nossas indústrias”, pontua Raimundo Pimentel.
Por Magno Martins / Folha de Pernambuco