O caminho que liga Exu, Pernambuco ao Crato-Ceará é a via das escolhas, das encruzilhadas, da fé, do trabalho, dons e saberes. As paisagens agem e ardem em eco. Quais mãos trabalharam na confecção desse origami?
O fundador da Fundação Casa Grande-Memorial do Homem Kariri, Alemberg Quindins afirma que essa região é Território Sagrado, como um compromisso com a história da terra.
“A Chapada, durante todo o movimento do planeta, manteve-se perene e sendo um ponto de destaque onde está. O Rio São Francisco já foi aqui, e mudou o curso quando ela foi soerguida. Nós temos registros dos animas mais longínquos. Há 3.300 anos A.C., o homem já estava em torno da Chapada, fazendo cerâmica, dançando, fazendo pintura rupestre, com toda uma formação cultural já organizada. Então, temos aqui um tesouro vivo”.
Nesta terça-feira, dia 21 de março, teve início um novo ciclo de todo planeta, o Sol em sua trajetória pelo zodíaco cruza a Linha do Equador Terrestre, e assinala o equinócio de outono no hemisfério sul, e o equinócio da primavera no hemisfério norte e marca a sua saída do signo de Peixes, o último do Zodíaco, para a entrada no de Áries, o primeiro.
Os raios do Sol incidem nos hemisférios Norte e Sul de forma igual e o dia e a noite se equilibram, tendo 12 horas cada, daí o nome “equinócio”.
Este momento de harmonia da Natureza marca o início do Ano Novo Zodiacal, e é como se fosse um réveillon astrológico, ideal para começar uma nova fase.
Em Exu, não é só o ritmo e a harmonia de Luiz Gonzaga que ecoam provocando saberes. Um dos exemplos de dedicação é o trabalho de Alvenir Peixoto. Ela é mãe e avó, filha de Pedro Tenório de Alencar e Amélia Peixoto de Alencar.
Nasceu de batismo Alvenir Peixoto Tenório. Atualmente tem 62 anos, há 4 anos fechou um ciclo de 40 anos como educadora.
“Nesse tempo, há 23 anos, transmutei para Terapeuta Holística Integrativa, e há 10 anos me fiz Artesã. Arrisco-me na poesia e na contração de histórias”, revela Alvenir, ressaltando que nasceu em um lar sertanejo, cujos valores foram transmitidos no cotidiano de maneira prática nas rodas de conversas motivadas por seu pai o seu avô materno.
“Honro a minha ancestralidade, honro meus pais pois sou parte do que recebi deles”, diz Alvenir.
Esse ano Alvenir completa 30 anos de Práticas Integrativas Complementares e há 23 anos exerce, com honra, a missão de auxiliar na saúde, bem estar e felicidades das pessoas como terapeuta.
Com Formação em Holística de Base, pela UNIPAZ-Recife , Alvernir é Reikiana, shiatsuterapeuta, Psicopedagoga Clínica, trabalha com Radiestesia, Cromoterapia, Pêndulo, Terapia Angelical, Fitoterapia e audição terapêutica.
Alvenir destaca os saberes. “Inserido na minha prática, o conhecimento ancestral das meisinhas, (fitoterapia), dos escaldas pés, dos banhos de ervas, de argilas fortalecem os saberes da nossa caatinga, da energia do sertanejo tão elucidado na vasta obra de Luiz Gonzaga, nosso eterno Rei do Baião”.
De acordo com a terapeuta, os Saberes da Caatinga une benzedeiras(os), parteiras(os) e raizeiras ( os) em prol da vida, da saúde e do bem estar de todos que compartilham essa região, assim como a Chapada Nacional do Araripe um cinturão de energia que abraça a todos com sua generosa riqueza energética e espiritual.
“Exu tem como essência na sua formação a união dos povos tradicionais, os índios Ançus, os afro descendentes e o povo que veio de Freixerio de Sotelo. Os Saberes espirituais estão presentes na formação de um povo. Acredito que não seja diferente de nossa Exu”.
Ligia Peixoto Lino Araújo é filha de Alvenir. Apaixonada pela natureza e os elementos essenciais de quem busca qualidade de vida. Todos os dias ela vai trabalhar na Budega Cultural Vale do Ançu, espaço e nome apropriado para uma das empresas pioneiras em vendas de itens para quem busca saúde para a mente e corpo.
No Brasil, em consonância com as recomendações da Organização Mundial da Saúde M, foi aprovada, desde 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), contemplando, entre outras, diretrizes e responsabilidades institucionais para implantação/adequação de ações e serviços de medicina tradicional chinesa/acupuntura, homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, além de instituir observatórios em saúde para o termalismo social/crenoterapia e para a medicina antroposófica no Sistema Único de Saúde (SUS).
A utilização da natureza para fins terapêuticos é tão antiga quanto a civilização humana e, por muito tempo, produtos minerais, de plantas e animais foram fundamentais para a área da saúde. Historicamente, as plantas medicinais são importantes como fitoterápicos e na descoberta de novos fármacos, estando no reino vegetal a maior contribuição de medicamentos. Fonte: RedeGN