Nesta semana, Pernambuco voltou a apresentar números elevados nas notificações diárias de óbitos em razão da Covid-19. Foram 60 mortes reportadas na terça (16), 39 na quarta (17) e 53 nesta quinta (18). Os dados da terça e desta quinta foram os mais elevados do ano, até o momento.
Somente na última semana, foram notificados 316 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dos quais 196 já têm diagnóstico positivo para a Covid-19.
Do último domingo (14) até esta quinta (18), foram feitas 110 notificações suspeitas até o momento, com 41 casos já confirmados de morte por infecção pelo novo coronavírus. Esses números podem aumentar, uma vez que há atraso nos diagnósticos.
Nesta quinta (18), durante coletiva de imprensa remota, o secretário de Saúde do Estado, André Longo, alertou que, caso a transmissão do novo coronavírus não seja freada urgentemente, Pernambuco pode, em breve, apresentar dados de mortalidade tão altos quanto os que têm sido vistos em outros estados brasileiros, como Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo.
“Estamos em franca ascensão de óbitos. Média de 42 mortes por dia. Tivemos patamares inferiores a 21. E, se não mudarmos o curso da doença agora, em breve, podemos estar na mesma situação desses outros estados. Alguns têm até 1.500 pessoas em fila por leito. É uma calamidade. Vão faltar leitos e as pessoas vão morrer cada vez mais esperando em fila de UTI. E o fato de ter dinheiro não vai salvar, porque UTIs privadas também estão no limite”, desabafou o gestor da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
“Mesmo com todo esforço, nosso sistema de saúde está cada vez mais pressionado. E o vírus está cada vez mais perigoso. Não é possível que, passado um ano dessa pandemia, alguém ainda duvide. O vírus mata. E em uma escala assustadora, como já estamos vendo em outros estados com sistemas mais ricos, como São Paulo e Rio Grande do Sul”, completou.
“Estamos em franca ascensão de óbitos. Média de 42 mortes por dia. Tivemos patamares inferiores a 21. E, se não mudarmos o curso da doença agora, em breve, podemos estar na mesma situação desses outros estados. Alguns têm até 1.500 pessoas em fila por leito. É uma calamidade. Vão faltar leitos e as pessoas vão morrer cada vez mais esperando em fila de UTI. E o fato de ter dinheiro não vai salvar, porque UTIs privadas também estão no limite”, desabafou o gestor da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
“Mesmo com todo esforço, nosso sistema de saúde está cada vez mais pressionado. E o vírus está cada vez mais perigoso. Não é possível que, passado um ano dessa pandemia, alguém ainda duvide. O vírus mata. E em uma escala assustadora, como já estamos vendo em outros estados com sistemas mais ricos, como São Paulo e Rio Grande do Sul”, completou.
De acordo com André Longo, nesta quinta (18), havia 196 solicitações ativas para leitos de UTI. “A minha capacidade de internação tem sido de 250 (por dia), depende de quantas pessoas têm alta, quantos leitos abrimos e, infelizmente, quantas pessoas morrem”, disse, explicando que a prioridade para transferência é elencada a partir da gravidade.
“A prioridade é quem está com intubação e ventilação (em salas vermelhas). Por vezes, esses doentes estão tão graves que não têm condições de transporte. E é fato que, quanto maior a demanda, maior a dificuldade de encaixar nas vagas disponíveis.”
Longo disse que, nos últimos meses, o Estado vinha realizando internações precoces em UTIs, inclusive de pacientes com menor gravidade. Mas, nesse momento, no qual há desequilíbrio entre a oferta de vagas para a demanda de pacientes, isso não pode ser feito e o critério para internação passa a ser a gravidade dos quadros. O mesmo vale para as vagas de enfermaria.
Ainda de acordo com informações repassadas ao Portal Folha PE, “Nesse momento, a única alternativa é reduzir a circulação de pessoas. Mais do que nunca, a palavra chave é solidariedade. Cuidar de si e do outro. É uma mudança de atitude de quem não usa máscara corretamente. Fique em casa. E se realmente tiver que sair, siga os protocolos de prevenção”, finalizou o titular da SES-PE. (Blog: O Povo com a Notícia)