Tiago Freitas e William Tavares/Blog de Primeira

Uma finalização bem direcionada, uma defesa fora dos parâmetros. O clichê é forte, mas verdadeiro: clássico pode mesmo ser decidido em detalhes. Em jogos equilibrados, qualquer atleta que tenha capacidade de fazer algo diferente pode ser o responsável direto por um resultado positivo. No Náutico e no Santa Cruz, é possível identificar estes jogadores. Mas a escolha foi feita em cima de apenas dois deles, em cada equipe. São estes abaixo que, na opinião do Blog, têm mais chances de serem decisivos.

NÁUTICO

Júlio César

Vida de goleiro é ingrata. No Náutico, mas ainda. Depois de Nilson, campeão pernambucano pelo Náutico em 2004, muitos “camisas 1” passaram pelo clube. Poucos conseguiram unanimidade. Hoje, a meta alvirrubra é defendida por um número bem diferente: 84. O goleiro Júlio César chegou no andamento da Série B para brigar por posição com o então titular Alessandro. Brigou e ganhou. Assumiu ainda a braçadeira de capitão e é um dos líderes do time. Em 19 jogos, Júlio tomou 24 gols. Mas apesar das derrotas, o goleiro tem se destacado por ajudar o Timbu a evitar momentos ainda piores.

Vinícius

A criatividade do Náutico no Clássico das Emoções dependerá de Vinícius. O meia é o cérebro do time e o responsável por abastecer o ataque, junto com Cañete. Caso a entrada de Marinho seja confirmada, Vinícius teria mais um parceiro habilidoso para tentar quebrar a melhor defesa do campeonato.

SANTA CRUZ

Keno

O camisa 11 do Santa Cruz não é um dos mais adorados pela torcida coral. Mas, em uma análise menos passional, é quase impossível negar a importância de Keno para o Tricolor. O atleta cumpre bem a função de puxar contra-ataques, criar jogadas e cobrir defensivamente o lado esquerdo.

Apesar de ser atacante, Keno faz gol quando pode. Sua importância, de fato, é mais tática. No entanto, contra o próprio Náutico no primeiro turno, foi o atleta quem abriu os caminhos para a vitória, em uma grande jogada.

Tiago Cardoso

A Série B 2014 não foi tão linear para Tiago Cardoso. Em dado momento da competição, nas rodadas logo após a Copa do Mundo, o goleiro chegou a ter sua titularidade questionada por conta de supostas falhas. Na verdade, nem falhas eram. Eram apenas gols que o atleta não estava acostumado a levar.

Mas as poucas dúvidas parecem ter ficado para trás. É fato que, em momentos decisivos, Tiago Cardoso fica ainda maior do que é. Vem sendo assim na reta final da Segundona e tem tudo para ser assim também diante do Náutico, neste sábado.

Da redação