A Pastoral Carcerária contestou a informação divulgada pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) de que cinco detentas da Colônia Penal Feminina do Recife, na Zona Oeste da Cidade, ficaram feridas durante um tumulto na unidade, na manhã da última quarta-feira (19). Segundo o padre Wilmar Vajão, que visitou o local nesta quinta (20), ao menos 15 apenadas se machucaram, muita delas, por conta de tiros de balas de borracha.
De acordo com o religioso, as outras 10 mulheres que não apareceram no quantitativo divulgado pela Seres foram socorridas dentro do próprio presídio e encaminhadas à enfermaria. Vajão está preparando um relatório sobre o caso e deve divulgá-lo nesta sexta (21).
A confusão teve seu estopim com a queima de colchões dentro dos pavilhões carcerários. Uma reeducanda teria se recusado a entrar na sua ala após o toque de recolher. Agentes penitenciários afirmam que foram agredidos com mordidas e arranhões após tentarem levá-la ao setor de disciplina.
Uma sindicância foi aberta para investigar se houve truculência por parte dos agentes. O resultado das investigações deve ser divulgado nos próximos 18 dias. Por meio da assessoria de imprensa, a Seres afirmou que estão abertas as solicitações feitas pela Pastoral Carcerária, mas nega que outras presas precisaram de cuidados médicos.
Da redação