Após uma reunião iniciada à tarde e finalizada às 19h desta terça-feira (10), a Executiva do PSB decidiu que o partido não vai integrar o iminente governo Michel Temer (PMDB) com cargos. Foram 22 votos contra a participação na gestão peemedebista e oito favoráveis. As bancadas da legenda na Câmara e no Senado queriam contribuir mais de perto com o atual vice-presidente, mas na Executiva, como se comprovou por meio da votação, a opinião era em sentido contrário.
Após a reunião, a Executiva nacional do PSB divulgou um documento em que reitera os dez pontos de uma agenda mínima para o país, já proposta ao vice-presidente Michel Temer. Essa agenda prevê, por exemplo, a reengenharia do Estado, a adequação das políticas fiscal, monetária e cambial, a adoção de estratégias de desenvolvimento e a preservação dos direitos sociais conquistados na Constituição de 1988. A carta também traz críticas à presidente Dilma Rousseff (PT).
“Não compactuamos com esse toma-lá-dá-cá que marca o presidencialismo de coalizão. Esse é um diferencial do PSB em relação a outros partidos”, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Já o senador Fernando Bezerra Coelho era favorável à participação socialista na futura gestão Temer uma vez que o seu filho, o deputado federal Fernando Filho, estava cotado para ocupar a pasta da Integração Nacional. O parlamentar pernambucano ainda pode ser ministro, mas na condição de cota pessoal do peemedebista e sem representar politicamente o PSB uma vez que a postura socialista será de não referendar qualquer escolha feita pelo futuro presidente.
Da Redação do BLog do Edy Vieira