A proposta do governo para revisão das bandeiras tarifárias prevê um aumento de 83% para bandeira vermelha e de 66,7% para bandeiras amarelas.
As bandeiras tarifárias definem as cobranças extras sobre a energia quando são usadas formas suplementares de abastecimento, como as termelétricas, que têm custos mais altos do que as hidrelétricas.
Nesta quinta, o ministro Eduardo Braga havia garantido que esse aumento não seria superior a 50%.
O valor máximo cobrado atualmente, da bandeira vermelha, prevê um aumento da conta de luz de R$ 3 a cada 100 kilowatt-hora (kWh). A ideia agora é que esse valor passe para R$ 5,50 pela mesma quantidade de energia consumida.
Os novos valores serão levados para aprovação da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (6) durante reunião extraordinária.
A bandeira vermelha, mais cara, vai indicar não apenas que as usinas térmicas estão sendo usadas em larga escala, mas também que as empresas estão tendo de comprar muita energia extra para atender a demanda ou que o risco hidrológico aumentou (diferença entre energia contratada e a entregue pelas geradoras).
No caso da bandeira amarela, que sinaliza uma situação intermediária desses gastos, o valor que será proposto será de R$ 2,50.
Atualmente o preço adicional a cada 100 kWh consumidos é de R$ 1,50 quando a bandeira está nesta cor. Um aumento de 66,7%.
A Aneel ainda irá submeter as alterações por audiência pública. Após esse período, que deve ser curto, os novos valores começam a valer. Ao que tudo indica, já para o mês de março.
ECONOMIA
O governo também informou que estuda estender o horário de verão por mais um mês, na tentativa de economizar energia em um momento que o setor enfrenta dificuldades.
O assunto será discutido internamente pelos técnicos do governo no próximo dia 12, segundo reportagem do Jornal Nacional.
Da redação do blog do edy.com.br